Tido como um dos principais polos industriais da Região Metropolitana
de Natal, o Distrito de Macaíba (DIM) é atualmente um dos grandes
responsáveis pela grande movimentação financeira do município,
localizado a 11km da capital do Rio Grande do Norte e detentor de
aproximadamente 77 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no censo de 2014.
Apesar
de abrigar grandes nomes da indústria nacional e até mesmo
internacional, o Distrito, atualmente, sofre com a falta de
infraestrutura. Segundo Sandro Peixoto, presidente da Associação das
Empresas do Polo Industrial de Macaíba (Aspim), o principal problema do
polo é a ausência de pavimentação em suas dependências.
A
situação, inclusive, já vem sendo pleiteada para correção desde meados
de 2011, quando um edital chegou a ser lançado e uma empresa contratada
para realizar as obras. Todavia, elas acabaram sendo barradas devido ao
fato do local não ter saneamento básico na época.
Peixoto
esclareceu, porém, que o saneamento do Distrito foi implantado ainda no
final do governo de Rosalba Ciarlini (à época no DEM, hoje no PP), em
2014, deixando o local pronto para receber as obras de pavimentação.
Diante
disso, novas reuniões foram marcadas com o governo atual, liderado por
Robinson Faria (PSD). Nos últimos dias, um encontro entre a
administração do DIM, o governador e o diretor do Departamento de
Estradas e Rodagens do Estado (DER), General Fraxe, garantiu a abertura
de novo edital de licitação, que deverá ser lançado na semana que vem.
“Tivemos
um avanço significativo nesta questão da pavimentação. O Governo
assegurou a verba para pavimentar o DIM de maneira urgente.
Provavelmente até a semana que vem vai ser aberto o edital de licitação.
Como agora já temos o saneamento, é muito provável que tudo dê certo”,
previu Sandro.
Dentre as vantagens de fazer parte de um polo
industrial como o DIM, Peixoto lembrou dos incentivos fiscais que são
dados pelo governo, além de também ter revelado um dos projetos da
administração para melhorar a segurança do local, que atualmente as
empresas fazem de maneira individualizada.
“Existe um programa do
Governo, que é o PROADi (Programa de Apoio ao Desenvolvimento
Industrial), que beneficia essas empresas através de descontos. Isso
conta muito para se instalar nestes polos. No nosso caso em específico,
futuramente vamos transformar o DIM numa espécie de condomínio, onde
haverá segurança privada, com controle de entradas e saídas. Vai ser um
diferencial nosso que também vai contar como mais uma vantagem de se
fazer parte dele, algo a ser celebrado pelos componentes”, completou.
Faturamento anual do DIM supera barreira dos R$ 200 milhões
Contando
atualmente com 24 empresas, o Distrito, segundo informações fornecidas
pelo presidente da Associação das Empresas do Polo Industrial de Macaíba
(Aspim) Sandro Peixoto à reportagem do Agora Jornal, gera mais de 2.600
empregos diretos e tem faturamento anual estimado em R$ 230 milhões. Os
números foram obtidos após pesquisa realizada no ano passado e que
apresentada durante visita do ministro das Cidades ao RN.
Dentre
as principais empresas que estão situadas no Distrito Industrial de
Macaíba (DIM) destacam-se à mundialmente conhecida Coca-Cola, Pipoca
Bokus, Temperos Sadio, DVN Vidros (esta, especificamente, tem sua
fábrica dentro do próprio DIM), CandyPop (balas e pirulitos), além da
Industrial Potengy, que engloba grandes marcas nacionais como Fortcola e
Quartzolit.
Ainda de acordo com as informações repassadas pelo
presidente Sandro Peixoto, por estar em funcionamento desde os anos
2000, o DIM não possui, nos dias atuais, lotes disponíveis para abrigar
novas empresas. Além do Distrito, a cidade de Macaíba ainda possui outro
polo industrial conhecido como o CIA, abreviação de Centro Industrial
Avançado.
Sobre o PROADI
É um
programa de incentivo ao investimento do Governo do Estado do Rio Grande
do Norte com o objetivo de estimular o desenvolvimento industrial
potiguar através do financiamento do ICMS. Podem usufruir dos benefícios
tanto empreendimentos novos, como empresas já existentes que queiram
ampliar sua capacidade produtiva em pelo menos 50%.
Os
financiamentos com recursos do PROADI podem alcançar até 75% do valor do
ICMS devido, para as empresas instaladas em Distritos Industriais ou no
interior do Estado; e até 60% para aquelas localizadas em Natal ou na
Grande Natal. Também podem ser financiadas com até 75% investimentos
superiores a vinte milhões de reais localizados na Grande Natal.
O
prazo de financiamento do PROADI é de até 10 anos, com até 3 anos de
carência, e direito à prorrogação. Sobre o valor dos financiamentos com
recursos do PROADI incidem juros de 3% ao ano, calculados sobre o saldo
devedor em cada semestre. Sobre o valor da parcela a ser amortizada pode
ser concedida redução de até 99%.
A solicitação do PROADI deve
ser acompanhada de Projeto de Viabilidade Técnico-Econômico e de
documentação legal, além de certidões negativas. O projeto e a
documentação devem ser encaminhados à Secretaria de Estado do
Desenvolvimento Econômico – SEDEC.
FONTE - AGORA RN